Operação mira compra de créditos de vales-refeição e Riocards; firma movimentou R$ 10 milhões em 2 anos
Esvaziar cartões-refeição por valores em espécie, independentemente de 'ágio', é considerado crime pela Lei Trabalhista. Operação mira compra de crédit...

Esvaziar cartões-refeição por valores em espécie, independentemente de 'ágio', é considerado crime pela Lei Trabalhista. Operação mira compra de créditos de vales refeição e transporte A Polícia Civil do RJ iniciou na manhã desta sexta-feira (28) a Operação Fake Food, contra a compra ilegal de créditos de vales — transporte, refeição e alimentação. O esquema movimentou R$ 10 milhões nos últimos 2 anos somente em uma empresa na Taquara. Esvaziar cartões-refeição por valores em espécie é considerado crime pela Lei Trabalhista. Tanto quem vende quanto quem compra pode ser responsabilizado. Equipes foram para um endereço em Jacarepaguá, na Zona Oeste, a fim de cumprir mandados de busca e apreensão. A porta do escritório teve de ser arrombada. Segundo as investigações da 41ª DP (Tanque), um estabelecimento comercial trocava créditos dos cartões por dinheiro vivo, mediante um percentual descontado pelo “serviço”. A loja cobrava 18% do valor solicitado. Dezenas de cartões eram descarregadas no escritório Reprodução/TV Globo Receptação e lavagem O esquema foi descoberto em janeiro, quando uma empresa de segurança procurou a 41ª DP para denunciar movimentações suspeitas nos valores pagos em vales-refeição aos seus funcionários, incompatíveis com o número real de empregados. A partir da denúncia, a polícia iniciou uma investigação e identificou que uma funcionária do setor de recursos humanos dessa firma estava solicitando cartões em nome de ex-funcionários e até de candidatos ainda em processo seletivo. Após a mulher confessar a fraude, a investigação avançou e revelou que os créditos dos cartões eram descarregados ilegalmente em uma maquininha de um estabelecimento comercial na Freguesia, que oficialmente operava como loja de compra de ouro. A polícia afirma ainda que o dinheiro em espécie usado nas transações vem da lavagem de dinheiro. “Essa é a 1ª fase da investigação. Com o material apreendido, vamos analisar a parte financeira das empresas que realizam a ‘descarga’ desses cartões”, disse o delegado Ricardo Barbosa, titular da 41ª DP. Propaganda da loja Reprodução/TV Globo Quadro de 'R$ 1 milhão' na loja Reprodução/TV Globo