PF mira fraudes contra o INSS no RJ; prejuízo causado por quadrilha chega a R$ 50 milhões
Os agentes cumprem 13 mandados de prisão preventiva e outros 19 de busca e apreensão. Quadrilha contava com funcionários do INSS, advogados e escreventes de ...

Os agentes cumprem 13 mandados de prisão preventiva e outros 19 de busca e apreensão. Quadrilha contava com funcionários do INSS, advogados e escreventes de cartório. PF mira fraudes contra o INSS no RJ A Polícia Federal (PF) realiza, nesta terça-feira (18), uma operação para combater fraudes no INSS. Os agentes cumprem 13 mandados de prisão preventiva e outros 19 de busca e apreensão contra um grupo que, de acordo com as investigações, causou um prejuízo de mais de R$ 50 milhões à União. Até 11h50, nove pessoas haviam sido presas. Agentes saíram da Superintendência da PF do Rio de Janeiro, na Praça Mauá, no fim da madrugada. A Operação Caça ao Tesouro conta com a participação de 70 agentes que atuam nas cidades do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Araruama e Mesquita. As investigações, que contam com o apoio do Ministério da Previdência Social, mostraram que o esquema do grupo atuava para a obtenção de valores mediante saques ilegais de benefícios previdenciários há mais de 10 anos. Com os integrantes do grupo, os agentes apreenderam carteiras de trabalho em branco, assim como rolos de contas de luz, para a falsificação de comprovantes de residência. Os policiais também levaram celulares e documentos que eram usados pela quadrilha e que podem ajudar as investigações. Policiais federais apreenderam carteiras de trabalho em branco com integrantes de quadrilha que fraudava benefícios do INSS Reprodução Investigações A busca por informações sobre o grupo começou em 2022, com base na prisão em flagrante de um homem que tentava sacar valores de benefícios obtidos por fraude em uma agência da Caixa na Abolição. Ele tinha 57 anos na época e tentava sacar benefícios previdenciários obtidos em nome de "fantasmas" criados com documentos de identidades falsos. Os policiais apreenderam R$ 76 mil com ele. A partir da investigação do primeiro caso, os agentes descortinaram uma organização criminosa maior, que envolvia diversos profissionais de vários segmentos que usavam os cargos para implementar, sacar, manter e reativar benefícios ilegais. A apuração contabilizou pelo menos 193 benefícios sacados pela organização. O crime contava com a participação de funcionários do INSS que inseriam os dados nos sistemas da previdência para a prática de fraudes. mas advogados, escreventes de cartórios e até profissionais de atuam em gráficas foram identificados como parte do esquema. De acordo com a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações e organização criminosa. Se somadas, as penas máximas podem chegar até 22 anos de reclusão, além de multa. A busca por informações sobre a quadrilha começou com a prisão em flagrante de um homem que tentava sacar valores de benefícios obtidos por fraude em uma agência da Caixa na Abolição. Reprodução