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Projeto que prorroga 'Lei dos Puxadinhos' recebe quase 100 emendas dos vereadores e votação é adiada

A votação estava marcada para esta terça-feira (13), mas foi adiada por uma sessão para que os vereadores possam analisar as emendas apresentados. Projeto s...

Projeto que prorroga 'Lei dos Puxadinhos' recebe quase 100 emendas dos vereadores e votação é adiada
Projeto que prorroga 'Lei dos Puxadinhos' recebe quase 100 emendas dos vereadores e votação é adiada (Foto: Reprodução)

A votação estava marcada para esta terça-feira (13), mas foi adiada por uma sessão para que os vereadores possam analisar as emendas apresentados. Projeto sobre regras urbanísticas pretende ampliar até 2029 a lei que regulariza obras ilegais mediante pagamento de taxas para a Prefeitura. Projeto que estende prazo para legalização de obras será votado nesta terça-feira Os vereadores do Rio de Janeiro decidiram adiar a votação do projeto de lei que pretende mudar as regras urbanísticas da cidade. Com quase 100 emendas apresentadas, o projeto voltará para a Ordem do Dia na próxima sessão, na quarta-feira (14). Na prática, a Câmara do Rio está avaliando a modificação e ampliação da chamada 'Lei dos Puxadinhos', que regulariza obras ilegais mediante pagamento de taxas. A votação, em segunda discussão, estava marcada para esta terça-feira (13), mas foi adiada por uma sessão para que os vereadores possam analisar as emendas apresentados. Aprovada em 2023, a 'Lei dos Puxadinhos' mudou regras para a regularização de construções ilegais. Na prática, a proposta apresentada pela prefeitura prorroga até o ano de 2029 a 'Lei dos Puxadinhos'. Entenda as possíveis mudanças A 'Lei dos Puxadinhos' entrou em vigor em julho de 2024 e tinha prazo de validade até dezembro do ano passado. A legislação permitia, por exemplo, a construção de mais um andar de cobertura desde que não passasse da metade da área total do último andar. O novo projeto pretende incorporar uma série de novidades à chamada 'Lei dos Puxadinhos'. 'Puxadinho de luxo' em Ipanema é derrubado Reprodução/TV Globo O artigo 15 da foi modificado e permite igualar a altura do prédio aos prédios vizinhos. Antes, a medida só valia para os bairros Catete e Glória. O projeto preserva a proposta de regularizar a construção de puxadinhos na cobertura dos edifícios mediante o pagamento de uma taxa a prefeitura. Contudo, o prazo para fazer o requerimento foi ampliado. O texto anterior dava cinco meses, até 1º de dezembro de 2024, para obras não realizadas e até 2027 para obras já executadas. Agora, o prazo em todos os casos vai até 2029. "Você vai dar liberdade da pessoa poder fazer seus projetos e apresentar. Eles vão passar pelo crivo da prefeitura, que vai fazer toda a avaliação para saber se esse projeto, se essa vontade do proprietário em fazer esse aumento, está dentro da legislação", argumentou o vereador Márcio Ribeiro (PSD). Força política e críticas A votação do projeto no Plenário da Câmara marca mais um embate entre a prefeitura e a oposição no parlamento carioca. Contudo, como vem acontecendo nessa legislatura, o prefeito não deve ter dificuldade para aprovar a proposta definitivamente. O governo tem maioria e já conseguiu aprovar o texto na primeira votação. Vereadores do Rio votam projeto que prorroga 'Lei dos Puxadinhos' Reprodução TV Globo Mesmo com toda força política entre os vereadores, o prefeito Eduardo Paes (PSD) vem convivendo com críticas ao projeto que será votado nesta terça. Vereadores da oposição e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) reclamam que a proposta compromete o planejamento urbano na cidade. Em nota, o IAB criticou a transformação da regra que regulariza obras ilegais mediante pagamento de taxas, que era uma norma transitória, em uma lei de longa permanência. A instituição também afirmou que nessas condições, a própria avaliação do Plano Diretor, prevista para ocorrer em cinco anos, já fica absolutamente comprometida. A IAB disse que o Plano Diretor deveria ser o instrumento básico da política urbana e o Norte para todas as leis urbanísticas da cidade. O instituto reiterou seu posicionamento contrário ao projeto em discussão na Câmara do Rio. O vereador Pedro Duarte (Novo) disse ao RJ2 que a oposição vai apresentar emendas para tentar modificar o projeto. Assim como o IAB, o vereador também critica a flexibilização da lei urbanística mediante o pagamento de taxas para a prefeitura. "Ele nao é um projeto de planejamento urbano, de bom urbanismo. Ele é um projeto de arrecadação. A propria prefeitura diz que quer arrecadar R$ 500 milhões através desse projeto. Como? As construtoras, as pessoas, pagam para construir fora da legislação", criticou Duarte. "Existe uma lei que vale para quem não tem dinheiro e existe uma outra que vale para aqueles que podem pagar boletos, que inclusive são bem caros", questionou o vereador. O que diz a Prefeitura do Rio A Prefeitura do Rio disse, em nota, que o novo prazo segue em debate na Câmara Municipal. O município afirmou que o projeto faz ajustes pontuais alinhados com o novo Plano Diretor.