Procurado há 9 anos e morto pelo Bope, traficante TH tinha 17 mandados de prisão em aberto e 227 anotações criminais
Durante uma coletiva de imprensa para detalhar a investida, o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, se levantou e mostrou a fich...

Durante uma coletiva de imprensa para detalhar a investida, o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, se levantou e mostrou a ficha criminal de TH. Secretário de Polícia Militar exibe ficha de TH da Maré em entrevista coletiva sobre operação no conjunto de comunidades Ana Lu Marques/ g1 O traficante Thiago da Silva Folly, o TH, morto em confronto com a Polícia Militar na madrugada desta terça-feira (13), era procurado pela Justiça desde 2016 e tinha pelo menos 227 anotações criminais e 17 mandados de prisão em aberto. Durante uma coletiva de imprensa para detalhar a investida, o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, se levantou e mostrou a ficha criminal de TH. A folha impressa tinha cerca de 5 metros de comprimento. “A operação foi um sucesso. Ela foi pautada por inteligência. Desde a morte dos 2 PMs [do Bope, em julho de 2024], a inteligência não parou de trabalhar para identificar e prender esses criminosos”, declarou Victor Santos, secretário de Segurança Pública. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) encontrou TH em um “bunker” no Morro do Timbau, que compõe a parte do Complexo da Maré dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP). TH e pelo menos 2 de seus comparsas acabaram mortos. “Houve um intenso confronto entre os seguranças dele. Mas eles foram neutralizados. A PM ficará por tempo indeterminado”. Com o tiroteio, vias importantes da cidade foram fechadas por precaução em diferentes momentos e por alguns minutos — só na Linha Amarela foram 10 interdições. “O fechamento é um protocolo. Entendemos que o bem maior é a vida das pessoas. Desde a ação da Cidade Alta [em outubro, quando traficantes atiraram a esmo], a gente fez reuniões, e obviamente temos variáveis que não controlamos, porque não havia por parte deles essa conduta, e a partir daquele dia, a ordem é fechar as vias expressas para preservar as vidas”, disse o secretário da PM. TH dividia o comando da Maré com outros 2 chefes: Edmilson Marques de Oliveira, o Cria ou Di Ferro; e Michel de Souza Malveira, o Bill, Mano Bill, Mangolê ou César. TH tinha feito uma tatuagem horas antes de o Bope invadir a favela e matá-lo. “Ele era segurança do [traficante] Menor P. Em seguida, ele assume a gerência. Ele chega a ser preso, mas sai em 2016”, disse o subsecretário de inteligência da PM, coronel Uirá Ferreira. “O TH tinha uma questão: roubo de cargas. Ele liderava esse crime. A Maré tem mais importância para o TCP por seu tamanho e complexidade — são quase 400 mil habitantes. O TCP é diferente do CV. Eles trabalham como filiais. Estamos antentos”, emendou Uirá.